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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Aquela tarde



Só existíamos vocês e eu, ninguém mais, nenhuma testemunha ocular, nenhum olhar curioso sobre nós dois, apenas você e eu. O som da TV era abafado por nossos suspiros, por nossos gemidos. Nossa nudez quebrava toda e qualquer timidez e simplesmente nos entregamos um ao outro. Minha boca percorria todo o teu corpo, todo o teu rosto e encontrava-se mais uma vez com tua boca e repousava nela. Eu calmamente te beijei uma, duas, três, várias vezes. Tudo parecia surreal, eu abri meus olhos e você ainda estava lá comigo.
O ventilador velho de nada servia, nossos corpos encontravam-se totalmente suados, nossos cabelos bagunçados, porém, nada parecia importar, eu estava ali com você e isso sempre foi tudo o que eu sempre quis. Cada minuto era eterno para mim, cada suspiro, cada riso, cada olhar, cada beijo, cada carinho. Eu estava totalmente entregue e envolto à aquele momento. Durou mais do que eu imaginava, menos do que eu queria, porém eu tive a certeza de que foi real, de que foi eterno.
No fim de tudo, ficamos deitados. Nos vestimos. Você teve que ir e pela última vez (nesse dia) nos beijamos e foi o beijo mais perfeito da minha vida até hoje! Seu cheiro fincou em meu corpo e em meu pescoço uma marca só sua, uma marca do nosso momento.

Jackson A.

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