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domingo, 10 de abril de 2011

Morte do Poeta


Morria o poeta por não haver em si lágrimas e por não encontrar incertezas em seus versos. Morria o poeta por não embriagar-se de amor e por não viver mais de fantasias. Morria o poeta por enfim descobrir-se e por não mais viver da mentira. Morria o poeta por descobrir a realidade e por perder a melancolia. Morria o poeta por descobrir o abraço e por redescobrir a vida. Morria o poeta e com ele a sua poesia. Morria o poeta em troca da sua alegria.


Jackson A.

sábado, 2 de abril de 2011

(Im)perfeição


Não trago em mim grandes formulas da conquista. Não possuo grandes riquezas materiais nem nada do tipo. Não possuo um sorriso perfeito e quase nunca entendo as “filosofias de vida”. Rio das minhas próprias piadas e levo pouco mais de 1 minuto para entender piadas novas. O meu cabelo não é nem de longe o mais bonito e minha voz não soa como melodia. Quase sempre falo demais, grito demais, sorrio demais e acabo deixando escapar meus segredos. Choro com filmes, invento amores que nunca vivi, imagino cenas e crio lembranças que nunca me existiram. Vivo um futuro imprevisível e escrevo cartas sem destinatários. Às vezes falo sozinho e faço promessas que não duram mais que duas horas. Contudo, sou feliz, inteiramente feliz. Com todos os meus defeitos, sorrisos tortos e amores inventados. Com todas as minhas lágrimas e frustrações. Sou feliz com toda minha distração, com toda minha (im)perfeição.


Jackson A.